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"Será que estou sendo produtiva?" - me pergunto enquanto produzo.



"Alguém me salva de mim!" - é o que penso quando esses pensamentos me visitam e eu, completamente receptiva, abro a porta e ofereço uma xícara de chá. NÃO! NÃO! NÃO!


Essa é uma temática importante de trazer aqui no blog, que é um espaço criado para receber meus pensamentos sem muito filtro e, tecnicamente, me permitir aliviar-me de mim mesma. Pensar, criar, recriar, materializar, reutilizar, produzir... tudo isso sempre foi e sempre será muito importante para mim e para todos nós em termos de movimento em vida e de construir sentido em nossas existências.


O que me aborrece é saber que esse movimento não é apenas interno, e que indo ao mundo, eu não poderei me aliviar de forma despretensiosa e leve, da responsabilidade que é existir e me governar. Porque o mundo, aparentemente, tem funcionado 100x pior do que eu, ingênua, acreditei ser o fim do mundo dentro da minha cabeça.


O ponto é, até para relaxar de mim ta complicado. Por aí também? O danado do questionamento que até certo ponto, é natural, agora já deixou de ser e pelo visto ta virando anomalia genética. O que tanto tem pra ser feito nesse mundo e quem segura nosso relógio?


Nunca imaginei que ser humano autônomo poderia ser uma possibilidade. Mas acredito que em algum momento precisaremos pedir as contas dessa empresa para a qual estamos trabalhando. Tento brincar com essas coisas, mas felizmente não dá pra ser humano autônomo. Nossa humanidade nos condenam às relações, ao contato, ao afeto.


Esse negócio (as relações) é tão forte que nos afeta positiva e negativamente. Viver em sociedade é saber que existe um caminho arenoso e úmido, com vida brotando e frufrus outros, mas ainda assim, caminhar em brasa, porque saber das coisas nem sempre nos permitirá vivê-las. Já brincaram de "nós andamos iguais?" - então.


O bom é que nem tudo está perdido. Continuamos indo ao mundo, voltando para nós mesmos. As coisas continuam despertando coisas em nós, só precisamos exercitar essa partezinha que foi atrofiando no movimento repetitivo e constante desse lembrete flutuante que a gente cata diariamente e crê veementemente.

Você não ta sozinhe. Não digo nada de novo, mas estou disposta a andar diferente se você precisar descansar um pouco. Algumas verdades duras em momentos oportunos são como analgésico para dor de cabeça, amanhã é outro dia.

 
 
 

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